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Fissura Anal

Fissura Anal

planeta-intestino-fissura-analÉ uma doença muito comum nos consultórios de Coloproctologia, só perdendo em frequência para Hemorroidas. Sendo que a maioria dos pacientes com Fissura Anal, que vem consultar com o especialista, vem imaginando e já afirmando que seu problema são Hemorroidas.

O principal sintoma de quem tem a Fissura Anal é a DOR intensa ao evacuar/defecar, podendo permanecer com a dor até 2 horas após a evacuação, ou em casos avançados permanecer todo o resto do dia com um desconforto anal. Devido a dor gerada pelo estímulo defecatório, é muito comum os portadores desta patologia, terem “medo e pânico” de evacuar, devido a dor que sabem que irão sentir, e com isso, diminuem a alimentação, se contraem para não defecar e alguns tomam até medicação para “trancar” o intestino; só que com isso, as fezes ficarão mais ressecadas/endurecidas, causando uma dor ainda mais intensa/lancinante.

Outros sintomas associados: sangramento anal ao evacuar (vermelho “vivo”, e no papel higiênico), fezes afiladas, sensação de evacuação incompleta (após evacuar, tem a sensação de que não eliminou todas as fezes que deveriam ser expelidas).

A Fissura Anal, nada mais é, do que uma pequena laceração/corte na pele do canal anal, chamada Anoderma, e se estende até a porção externa do ânus, tendo essa ulceração, ou esse “corte”, um comprimento que varia entre 3mm à 2,0cm. Com a existência desta pequena descontinuidade na pele do ânus, ficam expostos ramos terminais do Nervo Pudendo, e por isso, quando as fezes cruzam nessa região, geram muita dor. A tentativa de defesa do corpo é contrair o reto e o ânus para tentar “cobrir” a laceração e diminuir a dor, porém é ineficaz, prejudicando mais ainda e, com isso, vai causando estenose/estreitamento da região, dificultando ainda mais a eliminação das fezes.

As causas são variáveis e tanto podem ocorrer em homens com em mulheres. Fezes ressecadas/endurecidas, esforço físico excessivo, traumatismo pós-parto vaginal (“parto normal”), coito/sexo anal sem lubrificação e sem técnica adequada, constipação intestinal, doenças sexualmente transmissíveis, estão entre as principais causas.

O tratamento depende do tipo de fissura anal, se ela é aguda ou se já passou à forma crônica, sendo que o especialista irá diferenciar os dois tipos no consultório. Na forma aguda, 85% dos casos são curados com tratamento clínico e conservador, que são à base de cremes anais tópicos vasodilatadores, relaxantes musculares que agem na placa neuro-muscular, lubrificantes intestinais e banhos de assento com água morna (é fundamental associar todos estes elementos para a cicatrização da fissura). Quando a fissura se torna crônica, o único tratamento é o cirúrgico, que consiste basicamente na realização de uma secção parcial do Esfíncter interno do ânus (Esfincterotomia Lateral Interna) e com a retirada ou não do leito da fissura.

 

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Por que eu estou vendo sangue nas fezes?

Por que eu estou vendo sangue nas fezes?

Para começo de conversa, notar sangue ao evacuar/defecar, ou no papel higiênico ou nas fezes, é uma queixa muito comum no dia-a-dia do especialista (Coloproctologista). Dificilmente alguém passará por esta vida, sem ter tido algum episódio de sangramento anal ao defecar.

É um sintoma que sempre traz algum tipo de preocupação ao paciente. Pode ocorrer em qualquer idade, ou seja, tanto em crianças, jovens, adultos e idosos.

Sempre que um paciente vem à consulta com queixa de ter notado sangramento pelo ânus, é importante questioná-lo sobre alguns detalhes como: o sangramento é apenas quando defeca ou também ocorre durante o dia sem relação com a defecação (nota na roupa íntima manchas de sangue); o sangramento é notado apenas no papel higiênico ou é no vaso sanitário (“pinga ou goteja”) em maior quantidade ou é junto com as fezes; qual a cor do sangue expelido, bem “vivo” (avermelhado) ou mais escuro ou mais em forma de coágulos.

São informações que auxiliam e muito no diagnóstico, obviamente que poderão, ou não, existir outros sintomas associados como: dor anal, dificuldade para evacuar (intestino preso) sensação de que não conseguiu esvaziar o intestino após o ato defecatório, coceira no ânus, precisar auxiliar com a mão para poder retirar as fezes, entre outros.

As causas de sangramento anal são diversas, sendo as mais comuns: hemorróidas internas, fissura anal, prolapso da mucosa retal, divertículos intestinais, doença inflamatória intestinal (Retocolite ou Doença de Crohn), radioterapia abdominal(Retite Actínica), traumatismo ano-retal , Angiodisplasia e o tão temido Câncer Intestinal.

O tratamento para cada uma destas doenças é distinto, muitas são resolvidas apenas com tratamento clínico (com orientações do especialista e/ou medicamentos), já outras vão necessitar  de procedimentos cirúrgicos.

 

Hemorróidas

Hemorróidas

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Começo com uma pergunta e com um dado interessante, para iniciarmos “derrubando” alguns preconceitos e constrangimentos. Quem terá problemas com hemorroidas (a doença hemorroidária)?

Estima-se que 75% das pessoas (incluindo homens e mulheres) têm ou terá esta patologia em algum momento de sua vida, logo, você terá grandes chances de ter.

Desde a mais remota antiguidade (civilizações gregas e egípcias) já se falava em hemorroidas, sendo que Hipócrates (“Pai da Medicina”) foi o primeiro a documentar esta doença. Atualmente, sabe-se que todas as pessoas já nascem com 03 plexos vasculares localizado no canal anal (2 à direita e 1 à esquerda), que são as hemorroidas internas. Logo, todos apresentamos hemorroidas ao nascimento. Por isso, é incorreto dizer que tal pessoa tem hemorroidas e outras não, pois todos temos, porém quando elas começam a dar sintomas denomina-se Doença Hemorroidária.

As causas são diversas, sendo que as mais aceitas são: a própria genética individual/ hereditariedade (mesmo tendo o funcionamento perfeito do intestino), idade avançada/pós menopausa (flacidez da musculatura perineal), esforço para defecar (são as pessoas com intestino “preso”), esforço físico excessivo e repetitivo, entre outros. Curiosamente sabe-se através de estudos multicêntricos realizado em todo o mundo, que o papel da alimentação (pimentas, condimentos etc) não exerce forte papel como CAUSA da doença hemorroidária, como todos pensam e falam, inclusive médicos não especialistas.

Os sintomas mais comuns são: sangramento ao evacuar (tanto no papel higiênico como nas fezes), prurido/coceira anal, volume anal (observa “alguma coisa” para fora, ou inchado no ânus), secreção anal (ânus úmido) e desconforto ao defecar em alguns casos.

O tratamento depende do grau da doença hemorroidária, que varia do 1ᵒ  ao 4ᵒ grau, sendo que atualmente existem tratamentos cada vez mais modernos e menos traumáticos.

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